DESCRIPTION:
Videoclipe da faixa "Towards the Earth's Womb" que integra o segundo álbum oficial do Posthuman Tantra - "Transhuman Reconnection Ecstasy" (Legatus Records, Suíça, 2010 - www.legatusrecords.net).
O trabalho, feito na tradição independente D.I.Y, conta com imagens exclusivas. Foi dirigido e editado por Claudionosfera (da lendária banda BELLS OF SOUL). As ilustrações inéditas foram criadas por Edgar Franco e o clipe contou ainda com a participação especial da atriz Gnosfera.

A música conta com participações especiais: vozes femininas da ocultista polonesa Asenath Mason; vozes masculinas de Kale, da banda suíça TransZendenZ; sintetizadores de Lord Evil, da banda Francesa Melek-tha e de Gareth Miller, da banda inglesa Xa-mul.
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Eis a letra da Música e sua tradução para o português:

Towards the Earth's Womb (Posthuman Tantra)


Today I felt once more the pain of the world,
it came through the sad eyes of a dog,
forgotten by a master it has not yet forgotten.

Abandoned like useless furniture,
an out-of-date hardware of flesh
that no longer suits our fancies.

One more live refuse
of our excessive anxiety to possess.
This inherited doom of acquiring things
and turning living beings into objects.

I've seen so many caressing cars while kicking dogs,
and several times I felt the pains of Gaia.
She loves all species,
yet, she's also able to resorb into her womb
those that have lost the sense of unity.

I saw a brother in the eyes of that dog,
and loved all lonely creatures,
abandoned, lost, suffering,
turned into objects
by the hands of technological Australopithecus.

Absorb us, Gaia!
It's about time we returned to your womb,
It's time to regain the universal essence,
and be reborn as pure as dogs.

Drink our species!
This species stained by the disease called identity.
Absorb us, Gaia!
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Tradução para o português:

"Para o Ventre da Terra"

Hoje voltei a sentir a dor do mundo,
ela veio através dos olhos de um cãozinho,
esquecido pelo dono que ele não esqueceu.

Abandonado como um móvel imprestável,
uma bota que saiu de moda,
um prato de porcelana que trincou,
um brinquedo sem graça,
um HD de 32 megabytes,
ultrapassado hardware de carne
que não serve mais aos nossos caprichos.

Só mais um resto vivo da nossa
abundante ânsia de ter.
Sina ensinada de possuir coisas e coisificar
seres vivos.

Eu vi tantos alisando carros enquanto chutavam cães,
e voltei inúmeras vezes a sentir as dores de Gaia.
Ela ama todas as espécies,
mas pode reincorporar para o seu útero aquelas que perderam
o sentido da unidade.

Eu vi um irmão nos olhos daquele cãozinho,
e amei todas criaturas solitárias,
abandonadas, perdidas, sofridas e coisificadas pelas
mãos de australopitecos tecnológicos.

Sorva-nos Gaia!
É hora de voltarmos para o seu útero,
recobrarmos a essência univérsica
e renascermos puros como cães.

Beba nossa espécie maculada pela doença
chamada identidade.
Sorva-nos Gaia!