Carlos Paredes

Location:
PT
Type:
Artist / Band / Musician
Genre:
Other
Carlos Paredes (February 16, 1925July 23, 2004) was a Portuguese guitar player, born in Coimbra, son to the equally famous Artur Paredes. He is credited with popularising the medium internationally during the 20th century. He was known as the "Man with a Thousand Fingers".



He began playing at the age of 4 and started his music career at the age of eleven. He performed with many other artists including Charlie Haden and also wrote compositions for Fado singer Amália Rodrigues. He wrote a number of film scores and received particular recognition for the 1963 film "Verdes Anos" ("Tender Years"). In 2000, the string quartet known as Kronos Quartet recorded two versions of "Verdes Anos" and "Romance Nº 1", from the Carlos Paredes album, "Guitarra Portuguesa", recorded in 1969 -1970.



During the 1950s and 1960s, being member of the Portuguese Communist Party, he was imprisoned for opposing the Portuguese dictatorship, some of this time spent in solitary confinement. He would walk around his cell pretending to play music which led some prison inmates to believe he was insane (in actual fact he was doing compositions in his head).



When he returned to his working environment in the Hospital, relates one of his colleagues, Rosa Semião, he was deeply grieved for he was denounced by a colleague of his. "He felt betrayed, but even so, when he crossed one of his traitors, he didn't fail to greet him, showing an enormous capacity to forgive." When the political captives were released, they were hailed like heroes. He has always refused this heroic status, attributed by the people of Portugal. He never said much about his time in prison, except that "Many people have suffered worse than me."



He suffered from myelopathy, a nerve disorder that prevented him from playing for the last eleven years of his life. He died in a nursing home from kidney failure.



Carlos Paredes (Coimbra, 16 de Fevereiro de 1925 — Lisboa, 23 de Julho de 2004), O mestre da guitarra portuguesa ou O homem dos mil dedos, foi um dos grandes guitarristas e é um símbolo ímpar da cultura portuguêsa. É um dos principais responsáveis pela divulgação e popularidade da guitarra portuguesa e grande compositor. Ao contrário do que muitos pensam, Carlos Paredes é um guitarrista tipicamente de Coimbra, para além das influências dos seus antepassados - pais, avós, tios, todos eles exímios guitarristas de Coimbra - a guitarra é de Coimbra, a afinação é de Coimbra e mesmo o estilo é tipicamente Coimbrão.



Filho, neto e bisneto dos famosos guitarristas Artur, Gonçalo Paredes e José Paredes, ele começou a estudar guitarra portuguesa aos quatro anos com o seu pai, embora a mãe preferisse que o filho se dedicasse ao piano, frequenta o Liceu Passos Manuel, começando também a ter aulas de violino na Academia de Amadores de Música. Na sua última entrevista, recorda: "Em pequeno, a minha mãe, coitadita, arranjou-me duas professoras de violino e piano. Eram senhoras muito cultas a quem devo a cultura musical que tenho".



Em 1934, muda-se para Lisboa com a família, e abandona o violino para se dedicar, sob a orientação do pai, completamente à guitarra. Carlos Paredes fala com saudades desses tempos: "Neste anos, creio que inventei muita coisa. Criei uma forma de tocar muito própria que é diferente da do meu pai, do meu avô, bisavô e tetratavô".



Carlos Paredes inicia em 1939 uma colaboração regular num programa de Artur Paredes na Emissora Nacional e termina os estudos secundários num colégio particular. Em 1943 faz exame de admissão ao Curso Industrial do Instituto Superior Técnico, que não chegou a concluir e inscreve-se nas aulas de canto da Juventude Musical Portuguesa, tornando-se em 1949 funcionário administrativo do Hospital de S. José.



Em 1957 grava o seu primeiro disco, a que chamou simplesmente "Carlos Paredes".



Em 1958, é preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, é acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, de que era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça. Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!»



Em 1962, é convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”.



Tocou com muitos artistas, incluindo Charlie Haden, Adriano Correia de Oliveira e Carlos do Carmo. Escreveu muitas músicas para filmes e em 1967 gravou o seu primeiro LP "Guitarra Portuguesa".



Quando os presos politicos foram libertados depois do 25 de Abril de 1974, eram vistos como heróis. No entanto, Carlos Paredes sempre recusou esse estatuto, dado pelo povo. Sobre o tempo que foi preso nunca gostou muito de comentar. Dizia «que havia pessoas, que sofreram mais do que eu!». Ele é reintegrado no quadro do Hospital de São José e percorre o país, actuando em sessões culturais, musicais e políticas em simultâneo, mantendo sempre uma vida simples, e por incrível que possa parecer, a sua profissão de arquivista de radiografias. Várias compilações de gravações de Carlos Paredes são editadas, estando desde 2003 a sua obra completa reunida numa caixa de oito CDs.



A sua paixão pela guitarra era tanta que, conta que certa vez, a sua guitarra se perdeu numa viagem de avião e ele confessou a um amigo que «pensou em se suicidar».



Uma doença do sistema nervoso central (mielopatia), impediu-o de tocar durante os últimos 11 anos da sua vida. Morreu em 23 de Julho de 2004 na Fundação Lar Nossa Senhora da Saúde em Lisboa, sendo decretado Luto Nacional.
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