Márcia --- Deixa-me ir (Vídeo Oficial) - Video
PUBLISHED:  Apr 09, 2013
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Primeiro single do álbum "Casulo", de Márcia.
www.facebook.com/marciaOficial

Vídeo realizado por Miguel Gonçalves Mendes.
Edição: Pedro Sousa \ Correcção de Cor: Andreia Bertini \ Produção: Jumpcut
Agradecimentos: Daniela Siragusa, Elsa Ferreira, Estelle Valente, Filipe C. Monteiro, Ricardo Rego, Rui Poças.


DEIXA-ME IR

Deixa-me ir
embora do teu centro
onde eu souber existir.
Deixa-me ir
onde eu não sei andar a sós
poder viver
da minha voz
Se incendeia é bem melhor
que ter a ideia do que é amar
relatado a negro
No meu passeio eu vi
gente a andar a pé
Os que vão primeiro ser
no que ainda não é
Não sei pintar Amor
sem ser da cor
que enche tudo.

Deixa-me ir
embora do teu centro
onde eu puder existir
ser mais do que eu sinto.
Deixa-me ir
se eu não sei andar a sós
vou querer dizer
com a minha voz
se incendeia é bem melhor
que ter a ideia do que é amar
relatado a negro.
No meu passeio eu vi
gente a andar a pé
Os que vão primeiro ser
no que ainda não é.
Não sei pintar Amor
sem ser da cor
que enche tudo.

Música
Voz, guitarra, composição: Márcia
Arranjos por Filipe Cunha Monteiro.
Mistura: Eduardo Vinhas
Masterização: Rafael Toral


NOTA DO REALIZADOR

"Deixa-me ir" é uma equação.
Uma equação que nos obriga a reflectir se devemos permanecer numa relação, qualquer que ela seja: de amor, amizade, com uma cidade ou até mesmo com um país.
Porque considero que nenhum criador se deve demitir do seu dever de agir e intervir na sociedade, "apropriei-me" do tema e explorei-o sob um ponto de vista pessoal, como um retrato, daquele que considero ser um dos momentos mais confrangedores e lamentáveis que se vive atualmente em toda a Europa, e sobretudo em Portugal.
As populações perderam qualquer respeito pelas instituições e por aqueles que nos representam. Os cidadãos vêem-se obrigados a suportar uma crise que não foi criada por eles. E no meio de um mundo, em que países são tratados como empresas e os povos como números, esquecemo-nos do retrocesso civilizacional e grotesco que esta visão implica.
A humanidade sempre viveu momentos de crise e nem por isso os deixou de superar. Contudo, quando nenhum de nós acreditava que pudesse voltar a acontecer, mais uma vez nos foi retirado o que de mais sagrado existe na vida humana: a esperança e a aspiração a uma vida e a um mundo melhores. Quando quem nos representa proclama a sua desistência ao nos convidar a sair, a pergunta que resta é: o que nos leva a ficar?
O videoclipe "Deixa-me ir" pretende, pois, ser o retrato de uma época e um olhar contemplativo sobre um país que definha. Mas que nos relembra, e os relembra, que nós existimos e estamos aqui.

Miguel Gonçalves Mendes
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