Os Miosótis lançaram o seu primeiro CD em 2005, ‘O Monstro e a Sereia’, enquanto projecto de estúdio. Face ao sucesso que este trabalho teve na crítica especializada nacional e, particularmente, internacional, o projecto transformou-se em banda e fez-se à estrada. Este primeiro CD apresentava propostas de fusão entre os mais variados estilos musicais, desde o jazz e avant-garde, até ao sinfónico, rock, entre outros, confluindo para um certo impressionismo psicadélico.
O segundo CD, ‘Risco’, começa a ser composto ao mesmo tempo que se promovia o oMeaS, tendo várias das músicas sido tocadas ao vivo previamente à sua edição. Este álbum, que conta novamente com um naipe de colaboradores, como são os casos de Manuel Cardoso (Tantra), João Nuno Represas (Trovante, La Batalla), entre muitos outros, já é gravado pelos músicos que compõem a banda que tem actuado ao vivo. A mistura de estilos continua a ser a pedra de toque, com o rock e o pop a aparecerem de uma forma mais permanente e com uma produção profissional. A recepção foi, mais uma vez, muito boa, quer a nível de crítica, quer de público.
Durante este período os Miosótis realizaram três dezenas de espectáculos, alguns com um carácter muito especial: a abertura do GAR 2007, os vários concertos no Santiago Alquimista, a abertura da Festa do Avante, entre outros.
Neste momento o grupo Miosótis está apostado em evoluir para uma sonoridade ainda mais enérgica. Transpondo decididamente as portas da música mediterrânica (denominação com que foram baptizados por um crítico de uma revista holandesa) e sem nunca renegar as suas raízes caracteristicamente portuguesas, os Miosótis desenharam agora um novo espectáculo baseado num reportório marcadamente melódico, ao mesmo tempo que continuam a pisar terrenos mais experimentais. As letras continuam a ocupar um papel importante na obra da banda e assumem-se cada vez mais como um veículo de intervenção social.
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