Max B.O.

Max B.O.
Transitando livremente entre os territórios do rap (por decisão própria) e do repente nordestino (tradição recebida no sangue), a figura do carismático Marcelo Silva, já tem uns bons capítulos de sua lenda pessoal ecoando pelas ruas. O principal talento desse versátil M.C. é a improvisação, conhecida no mundo do rap como 'freestyle' – sendo detentor do título da 1ª Liga dos MCs São Paulo vs Rio de Janeiro em 2004 – habilidade exercida com perfeição por então, Max B.O., usando como base qualquer paisagem sonora: do som de relógios despertadores, passando pelas palmas do público, riscos do DJ e até mesmo o silêncio.



Max é como os amigos assim conhecem e B.O. vem da referência de um antigo grupo ao qual fazia parte, o Boletim de Ocorrência, mas acompanhando seus novos trabalhos refere-se a Brasileiro Original. B.O. também dá nome ao projeto que pesquisa manifestações de peculiaridades locais nos elementos do Hip Hop, o Brasil Original.



Sua estrada inicia-se em um festival estudantil da canção, onde desenvolveu sua primeira música (o primeiro rap deste festival) dando o título a sua classe e também graças às faixas solo e outras gravadas com seu extinto grupo, a Academia Brasileira de Rimas. Multifacetado, já entrou em estúdio ao lado de gente como Trio Mocotó, Funk Como Le Gusta, Black Alien & Speed, Inumanos, Instituto, Mamelo Sound System, S.P. Funk, Thaíde & DJ Hum, Marcelo D2 entre outros, além de apresentações memoráveis de suas habilidades nos mais variados palcos do país com nomes como Seu Jorge (participações na América Brasil Tour), Nação Zumbi, RZO, O Rappa, DJ Patife, Otto, Palavra Cantada e internacionais como Afrika Bambaataa, Zion I e De La Soul.



É ele o Mestre de Cerimônia que tem conduzido as multidões em festivais de diversos seguimentos. Prova disso, são trabalhos como: Dulôco 99 (o maior festival de Hip Hop de SP), FreeJazz Project (evento prévio ao Free Jazz festival), Eco System 1.0 (além do show, intervenções com DJs de Drum n' Bass), Coca- Cola VibeZone (desenvolvendo rimas sob a batida do Partido Alto), Skol Hip Hop Manifesta (em Florianópolis), Ceará Music, Festival SP Rima com Paz (SESC Belenzinho) e Vivo Open Air, e mais recentemente o conceituado BrasilinTime - show com mestres dos toca-discos e das baquetas (SESC Pompéia), Festival Virada Positiva contra a AIDS, Hip Hop DJ 2006/2007 (campeonato de DJs, organizado pelo rapper Xis e o DJ KLJay dos Racionais MCs), Indie Hip Hop 2005 (SESC Santo André) e os shows do Trama Universitário, sendo Max B.O. o apresentador oficial desse evento. O social está sempre em foco nos projetos do passado, no presente e para o futuro.
Em 2003 Max B.O. participou do trabalho TIM Música nas Escolas, ministrando oficinas de rima, nas escolas e em espaços da comunidade de São Paulo. Desde 1999, existe a crew PATCHOL'S Família atuante nas comunidades, principalmente da Zona Norte de São Paulo, realiza trabalhos voltados aos grupos de Hip Hop, formando gestores e animadores culturais locais.



Para os que não o conhecem, ele prova seu dom pra qualquer incrédulo ao fazer rimas com o número do R.G. de membros da audiência e ainda informar a hora certa via verso, chamando pra si a responsabilidade de showman da nova geração da música brasileira.



Max atuou no longa-metragem "Antonia", de Tata Amaral, ao lado de Negra Li, Cindy, Quelynah, Leilah Moreno, Thaíde e Kamau, e também na trilha sonora da obra.



Max B.O. está lançando "Ensaio, O Disco", seu primeiro trabalho solo. Atualmente acompanha esse grande MC, DJ Babão (INUMANOS - Red Bull Academy), que quando preciso deixa a performance com outros mestres competentes nos toc-discos: DJ Marco,(Céu) e DJ Will.
Na televisão, Max B.O. fez o MC Rappórter, quadro de grande destaque no programa Brothers da RedeTV!, entrevistando grandes nomes da TV brasileira com rimas de improviso. Atualmente é o apresentador do programa Manos e Minas da TV Cultura aos sábados, 18:15h.