Xenreira: Ozono - Video
PUBLISHED:  Feb 14, 2011
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Xenreira foi um grupo musical galego surgido a mediados dos 90 dentro do movimento cultural e musical contemporâneo ao rock bravú. Apesar das suas múltiplas coincidências com este fenõmeno, onde alguns críticos non duvidam em classificá-los, os seus integrantes consideraram-se representantes do ROCK IRMANDINHO, uma música muito mais comprometida politicamente e com raízes em distintos estilos musicais, entre os que se conta o Rock Radikal Basco, o Ská, e também a Canção protesta galega, especialmente o grupo Fujam Os Ventos.

A carreira discográfica em solitario de Xenreira resume-se num único álbum: Érguete!!, de 1997, que supus uma forte influença em outros projetos musicais galegos, tanto da época como posteriores. As suas letras estiveram marcadas por um forte compromisso político independentista, e em elas aludia-se à memoria da Guerra Civil Espanhola («Mil Nove 36»), as mobilizações dos anos 70 («Onde a luta se chama Encrobas»), à situação dos pressos políticos («Recluso 241»), à desobediência civil («Érguete», «Ozono»), ou ao sentimento de internacionalismo solidário com a luta da independência irlandesa («Mesmo berce, mesma luita»). Também pusseram música ao hino de Acção Galega, escrito por Ramón Cabanillas. O disco contou com a participação, entre outras pessoas, de Ugia Pedreira e Ramom Pinheiro «Chito», (por aquel então ambos membros de Chouteira), assim como do histórico membro de Fuxan Os Ventos, Mini, naquela altura em A Quenlha. O disco estava produzido por Kaki Arkarazo, um histórico do Rock Radikal Basco e ex-componente de Negu Gorriak e Nación Reixa, entre outros.

Ademais de Érguete!!, Xenreira colaborou em vários discos coletivos.
No disco Selección Xa!, promovido pela Revista Bravú para reivindicar uma seleção de fútebol nacional galega. Nele interpretavan a canção «Seleçom ská», junto com o futebolista da S.D. Compostela que se negou a jogar na seleção espanhola, Nacho. Também aparecem em Unión Bravú (1996) co tema «Presente!».

Xenreira dissolveram-se no mesmo 1997. Desde então, Marcos Payno, um dos seus membros, tem colaborado em outros projetos musicais, como A Matraca Perversa, Galegoz, ou Le Glamour Grotesque.

Esta é a canção OZONO acompanhada de imagens da Galiza dos anos 70.


Imagina as báguas sulcando pola cara
desse marinheiro triste e enrugado
E a lembrança triste do seu pão de exílio
que agora o seu corpo sua para seguir vivo.
E um varudo ato o da «policía»
que estando bem armada pola burguesia
carga contra aquele que no chão agoniza,
contra aquele que baixo a bota se declara em rebeldia

Quando amanheçam, fartos de aturar
os milhões de punhos que berram liberdade

A fome é o cancro do ataque capitalista
baixo as muralhas que nos aparta da comida,
Mentres desportivos, baixo o sol californiano
e sorrisos, «imbéciles en amores de verano».
E pra que imos lutar, não pode ser tão «malo»
quando saltem as muralhas e demostrem onde estamos.
Na noite eu estarei fazendo-lhes um buraco
de amor e fraternidade nas teorias de mercado.

Quando amanheçam, fartos de aturar
os milhões de punhos que berram liberdade
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