Banda Black Rio - Vidigal - Video
PUBLISHED:  Oct 22, 2012
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" Samba é 2/4.Soul é 4/4. Você soma dois compassos 2/4 e dá 4/4 então tudo bem,tem a ver"
As palavras (e os cálculos) são do saudoso Oberdan Magalhães,saxofonista
classe A e fundador da Banda Black Rio, numa entrevista dada em 1978, quando
tentou explicar,literalmente por A mais B. o revolucionário som do grupo.
Os números,claro não mentem. Mas eles não dizem tudo. Afinal, como medir
o impacto da fusão promovida pela Banda Black Rio, capaz de unir o balanço da samba, o groove do soul (e de seu irmão mais selvagem, o funk) e a musicalidade do Jazz ?
Simples. Use o tempo como referência. E confira com seus próprios ouvidos.Quase
vinte anos depois do lançamento do seu primeiro disco (Maria Fumaça), o som da Banda Black Rio continua atual, como se tivesse sido produzido hoje, em tempos de acid jazz e world music. Uma bolacha- não era assim que se falava na época?
da Black Rio vale ouro nas lojas antenadas de Londres e arredores.
É musica sem prazo de validade, cujo laboratório começou nos anos 60, com o grupo Impacto 8, onde Oberdan - primo de um dos fundadores da Império Serrano - e colegas como Raul de Souza e Robertinho Silva, começaram a traçar com a mesma disposição,
jazz e soul( o samba vinha naturalmente,de berço, de sangue), Baile após bailes (de su-
burbio), as fusões acabaram se aperfeiçoando.No grupo seguinte Oberdan, o Abolição, outros encontros aconteceram,agora decisivos na formação da Black Rio. Oberdan co-
nheceu Luis Carlos (bateria) e um naipe afiado: Barrosinho (trompete), Lúcio J. da Silva (trombone). Luis Carlos por sua vez. nunca deixou de trocar figurinhas na noite com caras como Cláudio Steverson (guitarra), Jamil Joanes (baixo) e Cristóvão Bastos (teclado),com quem ocasionalmente formaria o senzala, de breve existência.
Num determinado momento, os grupos se cruzaram e nasceu a Banda Black Rio,
com a ideia de fazer um funk brasileiro,musica para dançar em idioma universal,mas sentimento local. Black Music ,sim, soul power, sim, mais tudo á moda da casa (cujo
endereço o grupo levava o nome). Vozes eram ouvidas aqui e ali, mais o forte do grupo era mesmo o som instrumental, refinado e cheio de balanço.Foram três discos fundamentais (depois de Maria Fumaça, vieram Gafieira Universal, de 1978, e Saçi Pererê, de 1980), algumas mudanças internas e um fim tristemente antecipado com a morte de Oberdan em um acidente de carro, no Rio em 1984.
Mas valeu. E como ! Em tempos bicudos de repressão (e no auge da disco music),
a Banda Black Rio pregava a revolução da dança e fazia subversão ao seu modo,revisan-
do clássicos da musica brasileira (como tico tico no fubá) ou colocando James Brown
para dançar numa gafieira ( na levada malandra e funkeada da Gafieira Universal). Era
a bossa nova do negão, o acid samba,o jazz pagode, o futuro em português bem claro.
Black Rio? Oh yeah !!!!
Informações desta descrição Série aplauso (14 Grandes sucessos)

Musica Vidigal -
Compositor - Oberdan Magalhães e Valdecir Nei
Projeto - José Milton e Marcelo Falcão
Coordenação Geral - Marcelo Falcão
Pesquisa e seleção de repertório - José Milton
Coordenação de Repertório - Maysa Chebabi e Elaine Rocha
Remasterização pelo Sistema Cedar / Sonic Solutions
Cia de Áudio / SP
Capa - Criação - Felipe Taborda e Barbara Szaniecki
Coordenação Gráfica - Emil Ferreira
Foto - Arquivo BMG Ariola
Editoração Eletrônica - Darma
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