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CONCEITO: Bata e Peter Gossweiler

O vídeo inicialmente limitava-se a mostrar, repetidamente, o rosto de uma Barbie, com seus grandes e perfeitos olhos azuis esbugalhados. Acho que depois de uns 10 segundos de repetição daquilo, ao som de ruídos bizarros, eu tomei uma interpretação tão livre da coisa, que comecei a dar risada. E também não sei se tem alguma coisa a ver ou não, mas 3 meninas saíram da sala, bem no começo da apresentação.

Na minha cabeça a Barbie estava feia: inexpressiva, assimétrica até, falsa, cabelo de plástico. E tudo isso sendo "dito" em alto e bom som. A Barbie não vale a pena. O som deles parecia mais seco que da outra vez, ou seja, a Barbie realmente não é uma boa foda. Me fez por uns instantes lembrar de quando eu era pequena e fazia um holocausto de Barbies na minha casa: deixava elas todas carecas e nuas. Barbie: esse é o seu problema, você é bonita demais. Irritantemente bonita. Você é tão bonita que é feia. Olhos esbugalhados, maquiagem no lugar, boca perfeita, sombrancelha delineada. Repetições de sons. Repetições de clichês que as mulheres insistem em viver e reviver, em salões de beleza e fora dele. Me deu um certo enjôo mesmo. Por que precisa ser assim né? Até quando precisa ser assim?

A boca rosa de piriguéte da Barbi o ABesta desfigurou tudo, esses sádicos psicopatas (isso foi um elogio). Realizaram o sonho de qualquer ultra-feminista ferrenha: desfigurar a Barbie. Mas eu bem que achei que o lance não ia "acabar por aí". Aí quando entra a tela preta e eu penso que acabou... Nah... Hell yeah, you'll get old too, hon!! Imagens rápidas e "chocantes" (por serem naturais demais, verdadeiras demais) de idosos ultra-enrrugados e banguelas, com barulhos ainda mais ensurdecedores. Eu gritei!!! Achei demais. Eita nóis. :D