Ricardo Teté

Location:
às margens do igarapé Tietê, BR
Type:
Artist / Band / Musician
Genre:
Acoustic / Alternative / Latin
Site(s):
Label:
0+ music / Passport Songs Music
Type:
Indie
Lançamento do CD "Geringonça" na Choperia do SESC Pompéia.

Dia 29/09 - Projeto "Prata da Casa"

21hs - Grátis



De volta ao Brasil depois de 6 anos morando na França, o cantor e compositor paulistano Ricardo Teté, vencedor do Festival TV Cultura 2005, lança Geringonça, seu primeiro álbum solo, cujo repertório fará parte do show de estreia do disco, que ocorre no dia 29 de setembro, no Sesc Pompéia.



Com direção musical do jazzista belga David Linx (que cantou ao lado de artistas como Gonzalo Rubalcaba, Meshell N'godecello e Maria João), Geringonça foi produzido pelo selo Oplus Music, o mesmo que lançou os cantores Céu e Siba na Europa, e conta com a participação especial de Irène Jacob (estrela do filme "A Fraternidade é Vermelha", do polonês Krzyszof Kieslowski), que emprestou sua voz à faixa “Il ne faut pas briser un revê”. A música motivou a participação de Teté nas gravações de Rio Sex Comedy (filme em pós-produção de Jonathan Nossiter, diretor do elogiado documentário Mondovino), cantando sua música ao lado de Iréne Jacob e Charlotte Rampling.



Transitando entre diversos gêneros da MPB, Teté soube escolher suas companhias em Geringonça. A percussão ganha presença marcante graças às colaborações do argentino Minino Garay e do baiano Zé Luis Nascimento. Destaca-se também a participação de Marc Ducret e de Paul Brousseau, dois expoentes da música experimental européia cujos grooves e frases inusitadas com moog e guitarra elétrica conferem toques de contemporaneidade ao disco. Colaborador do mítico orquestrador norte-americano Gil Evans, Laurent Cugny assina os preciosos arranjos de metais, com destaque para os de “Geringonça” e “Tristeza pé no chão”.



A impactante “Rimas” é introduzida pelo vocal de David Linx, segue com percussão vocal de Minino Garay e incorpora o violão virtuoso e ao mesmo tempo singelo de Nelson Veras. Para a letra, Teté trabalhou sobre uma canção de ode às rimas composta por Claude Nougaro, um dos maiores cancionistas franceses e autor de diversas versões para clássicos da música brasileira, como Berimbau, de Baden Powell (“Bidonville”), e “O que será”, de Chico Buarque (“Tu Verras”).



O clássico tema do carnaval ganha releitura nostálgica em canções habitadas por tristes foliões e desfiles tardios na quarta-feira de cinzas, como “Depois do Carnaval”, que conta com a participação de Hamilton de Holanda no bandolim, e uma versão muito original do samba “Tristeza pé no chão”. O forte diálogo com a literatura se faz presente por meio das letras de “Todas aquelas palavras”, “Teoria e práticas dos domingos” e “Geringonça”, baseadas em textos de André Sant’anna, António Lobo Antunes e Waly Salomão.



Histórico



Teté, juntamente com Danilo Moraes - seu parceiro em dois discos e dezenas de composições -, tornou-se conhecido ao protagonizar a última vaia memorável de um festival de música na TV, em 2005. A sofisticada “Contabilidade”, com arranjo desconcertante e letra ousada, arrebatou o primeiríssimo lugar do Festival Cultura, conquistando a crítica e causando estranhamento na plateia, cujas vaias trouxeram à tona o histórico Festival da Record de 1968, quando Caetano Veloso foi zombado ao apresentar “É proibido proibir”. Entregue por Gilberto Gil (“Viva a vaia!”, comemorou o então Ministro), o prêmio permitiu a gravação do segundo disco da dupla, de sugestivo título A Torcida Grita!, e a participação no programa Ensaio, dirigido por Fernando Faro e exibido pela TV Cultura.



O início da carreira de Teté foi marcado pela conquista do primeiro lugar no Festival Vinícius de Moraes com a canção “Cios da Língua”, feita em parceria com Rodrigo Castilho. Organizado pela editora Companhia das Letras em 1994, o festival tinha em seu júri Arnaldo Antunes, Chico Buarque e Péricles Cavalcanti. Em 1999, a música “Beijo Roubado” (parceria com Danilo Moraes e Rodrigo Castilho), foi gravada pelo grupo Rastapé e entoada por milhares de casais rodopiantes, tornando-se um sucesso do dito forró universitário. Em Geringonça, a música ganhou singeleza com o belíssimo arranjo de sopros de Stéphane Guillaume.



Nascido em 1978, Ricardo Teté formou-se em Ciências Sociais na USP em 2001, ano em que se mudou para a França para estudar música e participar de um laboratório interdisciplinar de estudos da canção, com sede na EHESS, a École des hautes études en sciences sociales, em Paris. Participou durante 6 anos da Orquestra do Fubá, grupo que une músicos de lugares e universos musicais variados, e apresentou-se em dezenas de cidades européias a convite de grandes festivais, como Jazz à Vienne, Jazz in Marciac e Rio Loco. Quem mandô?, o segundo disco do combo, foi gravado no Brasil em 2006 e conta com participação de Dominguinhos, Marcelo Pretto e do Quinteto em Branco e Preto. Junto à equipe encabeçada pelo músico e educador Ricardo Breim, Teté coordena atualmente o projeto Musique-se!, que capacita profissionais na área de educação musical, e desenvolve uma pesquisa de mestrado sobre batalhas de improviso de rima no hip hop, no departamento de Antropologia da USP.



Si la musique avait un gout, celle de Ricardo Tete serait d’un alliage subtil. Une mise en perspective, a la fois savante et innocente, d'elements rarement reunis. Douceur et mystere. Un je-ne-sais quoi de naivete, de couleurs vives et d'enfance, saupoudrees de cerebral, de distancie, de cristallin. Des melodies qui plaisent tout de suite, et des textes a tiroirs.



On n'est pas loin des ambiances labyrinthiques et du "realisme magique" des auteurs sud-americains : Borges, Cortazar, Garcia Marquez. Ses influences musicales ? Arto Lindsay, Jose Miguel Wisnik, et bien sur tous les grands noms de la bossa, du mouvement Tropicalia, sans oublier quelques figures mythiques de la scene musicale de São Paulo comme Arnaldo Antunes et Tom Ze.

Le tout, chante par un admirateur inconditionnel de Chet Baker et de João Gilberto.



Ricardo Teperman, dit Ricardo Tete, a grandi dans un ilot de maisons calmes, cernes par l'urbanisation sauvage de Sao Paulo. « Cette ville est si polluee que le ciel a toujours une couleur incertaine. Comme a dit ma femme Karine, la ville a une beauté punk. » Bien sur, il y a les contrastes sociaux, la violence. Dans sa bulle, Ricardo se sait privilegie. Il commence la musique a 4 ans. Cotoie la scene litterraire. Se gave de films d'auteurs europeens : le cycle Antoine Doinel de Truffaut, "La double vie de Veronique".

Quelque chose dans ce confort le laisse sur sa faim. et l'a pousse jusqu'en France, il y a 5 ans. Il y a rencontrera sa femme, et le chanteur et jazzman David Linx, habile realisateur de cet album envouitant. Ca valait bien un Atlantique. « On a du attendre la disponibilite de certains musiciens que l'on voulait absolument. Une fois que tout le monde a ete reuni, ca a ete rapide. On a enregistre les bases en une semaine, d'une facon quasi "live". On avait tellement parle et reve du disque, qu’une fois en studio tout s’est fait tres naturellement ».



Dans ses textes (traduits en francais et en anglais sur le site internet), miroite un kaleidoscope de references, litteraires ou cinematographiques. Sans jamais entraver l'emotion, elles sont la comme autant d’"hyperlinks", de portes ouvertes pour qui voudra les voir.

« Si tu as deja les clefs, tant mieux. Si tu veux les chercher, tant mieux. Sinon tu peux juste apprecier la musique au premier degre, en toute legerete. »

« Geringonca » est un mot tres bresilien, qui n’a pas de traduction en francais. C’est une machine etrange et politique, faite de bric et de broc.

Tout comme ce disque, plein d’influences eclectiques, de melanges spontanes entre tradition et modernite. Pierre Fageolle, journaliste ///



If music were coffee, Ricardo Tete’s music would be a subtle blend. A learned and an innocent union of elements that aren’t often brought together. Sweetness and mystery. A certain naivete ;bright colours and childhood ; a dash of intellect, of distance, of crystal. Instantly appealing melodies and multilayered lyrics. This is not far away from the ‘magic realism’ of South American authors like Borges, Cortazar and Garcia Marquez. His musical influences ? Arto Lindsay, Jose Miguel Wisnik and of course all the great names of bossa nova and the Tropicalia movement, without forgetting mythical figures of the São Paulo music scene like Arnaldo Antunes and Tom Z. The whole crowned by the voice of a devoted fan of Chet Baker and João Gilberto. Ricardo Teperman, a.k.a. Ricardo Tete, grew up in an oasis of calm houses in the midst of the wild urban landscape of Sao Paulo. “The city is so polluted that the sky is always an uncertain colour. It has a punk-like beauty.” Of course, there are the social contrasts, the violence. In his own little world, Ricardo knew he was privileged. He started playing music at the age of four. He hung around the literary scene. Overdosed on European auteur films: Truffaut’s Antoine Doinel series, La Double Vie de Veronique. But something about all this comfort left him dissatisfied. Five years ago, he headed for France. There he met his wife, and the singer and jazzman David Linx, the skilful producer of this haunting album. It was well worth crossing the Atlantic for. “We had to wait until certain musicians that we absolutely wanted were available. Once everyone was united, everything went quite quickly. The basic tracks were recorded in a week, more or less live. We had spoken and dreamed about this record so long that once we were in the studio everything just came out naturally.” Pierre Fageolle



fotos



Ajouter à mon profil | Plus de Vidéos
0.03 follow us on Twitter      Contact      Privacy Policy      Terms of Service
Copyright © BANDMINE // All Right Reserved
Return to top