Rão Kyao

Location:
Lisbon, Lisboa, Po
Type:
Artist / Band / Musician
Genre:
Acoustic
Site(s):
Label:
Farol
Type:
Major
A long career, not only in Portugal but in several other countries, Lisbon born Rão Kyao has gained attention for his strong will of rediscovering Eastern music. Playing saxophone and bamboo flute, he found inspiration in jazz and then in indian, arabian and chinese music searching the lost link of traditional portuguese music and the Orient.
The portuguese traditional popular city music is a strong reference of Kyao’s taste and background. Since the XIX century, fado shows an amalgamation of influences, such as moorish and arabic. That’s why 1983 is a referential year. Rão Kyao released “Fado Bailado” that year, which was the first platinum given to a portuguese record. With the help of António Chaínho, master of portuguese guitar, he covered some of the most important fado songs, plenty of them popularised by diva Amália Rodrigues. The voice was then translated to a saxophone.
By 1996 he returned to the purity of fado with “Viva o Fado”, recorded live at Amália Fado Club. At that time he used the flute but also a traditional fado combo. Only an artist as Rão Kyao, with his extreme sensibility, is able to translate the real soul of fado and the saudade feeling which is extremely well represented in this record. Since “Fado das Canas” till the well known “Mariquinhas”, Rão Kyao evokes the voices of Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Hermínia Silva and Lucília do Carmo. As in «Fado Bailado» (1983), once again Rão Kyao took fado to a new dimension.
1999 - Recorded “Junção” with the Macau’s Chinese Orchestra and composed the official anthom for the ceremony of transference of the territory of Macau to China.
2001 When everyone started talking about a new generation of fado singers (Dulce Pontes, Mísia), the pioneer Rão Kyao recorded once more his unique fado approach. This time with the special collaboration of Pedro Ayres Magalhães and Teresa Salgueiro (Madredeus songwriter and singer), fado singer Deolinda Bernardo and moorish musicians Gazi (violin) and Barmaki (percussion), all of them protagonists of a new vision for the Lisbon song, this time at the light of orient music.
2004 - A new album ,”Porto Alto”, Produced by Luis Pedro da Fonseca.
Rão Kyao describes it as follows: «The jorney of a dream through the music of Portugal, country of the Bread, Olive oil and the Wine».
Gerardo Núñez (the virtuoso New Flamenco, Guitar player), Tito Paris (Great Cap Vert Guitar player) and Carlos Gonçalves (Portuguese Guitar player) are some of the guest players in this record.
.The official presentation was held at Rock in Rio Lisbon on May 28 (Roots Tent).
2009 - New double CD with guest artists. The first CD is Fado featuring the voices of Camané, Carminho, Sofia Varela, Ricardo Ribeiro, Tânia Oleiro and Manuela Cavaco. The second CD is instrumental featuring Renato Junior on piano and Ruca Rebordão on percussion.



PORTUGUÊS



Ao longo de uma carreira que já dobrou a vintena de anos, o lisboeta Rão Kyao tem-se distinguido pela sua persistente vontade em redescobrir o Oriente. Fazendo uso da flauta de bambu e do saxofone, ele foi encontrando inspiração na música indiana, árabe, africana e chinesa, restabelecendo assim o elo perdido entre a tradição musical portuguesa e o Oriente.
Os 20 álbuns que editou até hoje indiciam, de uma forma muito clara, a intenção expressa de, a cada passo, redescobrir as raízes da música tradicional portuguesa, não temendo, antes pelo contrário, o confronto com as suas fontes primordiais: a música indiana e a música árabe.
São esses os fundamentos dos primeiros passos da sua carreira, quando edita os álbuns «Malpertuis» (1976), «Bambu» (1977), «Goa» (1979), «Ritual» (1982) e «Macau O Amanhecer» (1984). Álbuns que impõem Rão Kyao como a mais importante figura do meio jazzístico português, ao mesmo tempo que o músico não deixa de assumir o seu fascínio pela música oriental, capaz de o levar a fixar-se em Bombaim durante alguns meses.
Rão Kyao só veio a conhecer o êxito comercial, porém, durante a década de 80, quando os seus discos conquistavam, invariavelmente, galardões de ouro e platina. Primeiro com «Fado Bailado» (1983), onde juntamente com o mestre da guitarra portuguesa, António Chaínho, revia alguns dos mais consagrados temas da canção urbana de Lisboa à luz do saxofone, propondo pela primeira vez uma nova dimensão para o fado. Depois com «Estrada da Luz» (1984) e «Oásis» (1986), álbuns onde voltou à flauta de bambu para mostrar as afinidades entre a música tradicional portuguesa e a música indiana.
O repetir do percurso dos navegadores dos Descobrimentos, levou-o até ao Brasil, onde gravou o álbum «Danças de Rua» (1987), fortemente inspirado na riqueza rítmica da música nordestina. O folclore português seria explicitamente abordado em «Viagens na Minha Terra» (1989), regressando ao fado em «Viva o Fado» (1996). Ainda antes, Rão Kyao tinha cruzando a música portuguesa com o flamenco dos espanhóis Ketama, em «Delírios Ibéricos» (1992). Nos anos noventa, editou também os álbuns «Águas Livres» (1994) e «Navegantes» (1998), marcados pela world music e a new age, num rasgo absolutamente pioneiro em Portugal.
A ligação da música portuguesa ao Oriente e, mais especificamente, a Macau, tinha já sido abordada por Rão Kyao no álbum «Macau ao Amanhecer» (1984), de acordo com o mote proposto de relatar a presença portuguesa naquele território em termos musicais. Macau voltou a ser o pretexto para um novo álbum de Rão Kyao, «Junção» (1999), desta vez acompanhado pela Orquestra Chinesa de Macau. É em «Junção» que se encontra o tema da autoria de Rão Kyao, interpretado durante a cerimónia que celebrou a passagem do território de Macau para a República Popular da China.
«Fado Virado a Nascente» (2001) é, como o título deixa antever, uma nova abordagem do fado por parte de Rão Kyao, agora acompanhado pela fadista Deolinda Bernardo e pela cantora dos Madredeus, Teresa Salgueiro, no tema «Deus Também Gosta de Fado». A ligação à música árabe é assumida de forma mais que explícita, socorrendo-se Rão Kyao de alguns músicos marroquinos, como o violinista Gazi e o percussionista Barmaki, que sublinham as raízes orientais da guitarra portuguesa (a cargo de Fernando Silva e Carlos Gonçalves) e os arranjos do teclista Renato Júnior e do viola Carlos Macieira.
Estas são canções em que, ao trinar da guitarra portuguesa se junta uma riqueza rítmica «virada a nascente», suporte para uma melopeia ora sublinhada pela flauta de Rão Kyao ora pela voz das cantoras. Indisfarçável, a presença de Pedro Ayres Magalhães, também dos Madredeus, no desenho do conceito do álbum, na escolha dos músicos e ainda numa das letras que escreveu. O mesmo acontece com a produção de Mário Barreiros, responsável pela gravação de alguns dos mais bem sucedidos discos de música portuguesa.
“Em busca de antepassados da canção da nossa gente”, como diz a letra do tema «Fado Nascente», Rão Kyao levou mais longe, outra vez, a sua missão de reunir Ocidente e Oriente, procurando um novo espaço para a música portuguesa.
A 14 de Junho 2004, foi editado um novo trabalho de originais de Rão Kyao,”Porto Alto”que o músico descreve da seguinte forma:
«O percurso de um sonho através da música de Portugal, País do Pão, do Azeite e do Vinho». Este trabalho produzido por Luis Pedro Fonseca, conta com a participação do Guitarrista Virtuoso do “Novo Flamenco, Gerardo Núñez, em 3 temas, o Guitarrista Cabo-verdiano Tito Paris e Carlos Gonçalves na guitarra portuguesa.
O concerto de estreia, baseado neste disco, teve a sua estreia mundial no Festival Rock in Rio Lisboa -dia 28 de Maio 2004.
Grava em 2006 com a orquestra clássica do centro (Coimbra) um álbum chamado “Mondego” que consiste numa série de temas clássicos de grandes autores portugueses (José Afonso, José Niza entre outros), para além de originais e alguns temas inesquecíveis da nossa música tradicional; principalmente da região daquela cidade. Este CD teve uma distribuição restrita ligada a público chegado a essa belíssima orquestra do centro.



No ano de 2008 edita “Porto Interior” um disco de carácter intimista em conjunto com uma instrumentista chinesa, Yanan, que toca dois instrumentos clássicos chineses, a Pipa e o Gu - Zeng. É um CD editado em conjunto com a fundação Jorge Álvares e retrata a integração exemplar dos povos português e chinês em Macau e pretende fortalecer, pelos seus meios a amizade entre estes dois países.



Em 2009, 28 de Novembro, publica o duplo CD ( Em cantado) em que no lado A aparece a sua flauta com um grupo de excelentes fadistas ( Ana Sofia Varela Camané, Carminho, Manuela Cavaco, Ricardo Ribeiro e Tânia Oleiro ) que interpretam temas seus ligados ao fado. Este género foi intensamente praticado por Rão Kiao em variadíssimas actuações ao vivo e em CDS que começaram no célebre Fado Bailado.
No lado B podemos ouvir os seus temas cantados pelas flautas de bambu o piano acústico de Renato Júnior e as percussões de Ruca Rebordão numa versão lírica e intimista tão querida a Rão Kyao.
O músico lançou neste mês de Dezembro um disco de música litúrgica, de autores portugueses intitulado Sopro de Vida - ao ritmo da liturgia.
“Este CD é a concretização de um sonho: “cantar”, numa gravação com a flauta, uma série de cânticos religiosos de grande profundidade melódica.”
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