Acompanhar a evolução de uma banda é, na maioria das vezes, uma tarefa gratificante; já no caso dos paulistas Minnuit ela se torna uma experiência única. Mesmo abusando de refrões extremamente marcantes, eles encontram maneiras de explorar diferentes sonoridades e ritmos. Com isso, a cada audição descobrimos detalhes e pormenores que antes passaram despercebidos.
Em seu primeiro album - Catarsis -, lançado pela Travolta Discos, em 2006, o então quinteto flertava com bandas como Incubus e Glassjaw. Aliavam riffs de peso com partes calmas, tudo isso, é claro, com os versos do vocalista Eddu: “Rasga o peito e diz se é vermelha / a cor que tens aí também”. As 10 músicas que compõem Catarsis representam, de certa forma, um renascimento, como exposto no épico final de “Suposições sobre círculos de pedras”: “Se encontrou com o seu próprio Deus / lhe deu um abraço e agradeceu / então o matou”.
No entanto, essa catarse sonora foi apenas o início da busca do Minnuit por esta suposta utopia musical. Durante os últimos quatro anos Eddu e Diogo, os únicos membros do Minnuit presentes desde sua primeira formação, promoveram mudanças na estrutura da banda, alterando músicas e músicos, para enfim, encontrar o line-up que vemos hoje: Eddu (voz e guitarra), Diogo (guitarra), Vinnie (baixo e voz) e Santiago (bateria). Neste meio tempo foram inúmeros shows pela terra da garoa, incluindo apresentações memoráveis no extinto Black Jack Rock Bar, Outs, Hangar 110 e em festivais como o Sobcontrole Fest.
De volta à evolução exposta no primeiro parágrafo, ela fica nítida nos dois singles lançados pela banda em agosto desse ano; “Artefato” e “Helvetia”. Acompanhadas pela curiosa - para não falar bizarra - arte gráfica de Felipe Rocha, as duas músicas vão em sentidos diferentes. A primeira é, literalmente, uma explosão auditiva. Repleta de climas contrastantes e com uma surpreendente parte central, que beira o rock progressivo, “Artefato” é uma verdadeira viagem sonora. A canção exibe novamente o potencial do Minnuit de compor refrões extremamente marcantes: “Nenhum labirinto revela as miragens, fica intacto só o que convém / quando o rastro fica é sinal de que há algo além”.
Já “Helvetia” mostra a outra face desse novo Minnuit, remodelado e multifacetado. A canção é vertiginosamente mais calma que a primeira, com versos brandos e agradáveis. Guitarras leves e que abusam do tapping são alicerçadas na bateria que dá o tom ao final de cada verso. Como não poderia deixar de ser, a música conta com um belo refrão conduzido pela melodia vocal de Eddu.
Ambas músicas foram gravadas e produzidas no estúdio C4, por Luis Moraes.
De maneira geral, essas duas canções apontam os caminhos que a banda deverá percorrer daqui pra frente: uma vertente mais pesada, psicodélica e progressiva, e outra mais tranquila e melódica. O que podemos afirmar é que talento não falta para que o Minnuit continue sim, em constante evolução. Como canta Eddu em “Artefato”: “Quem não acompanhar vai sentir a queda”.
Website: www.minnuit.com
Fotolog: www.fotolog.com/minnuit
Myspace: www.myspace.com/minnuit
Tramavirtual: www.tramavirtual.com.br/minnuit
Twitter: www.twitter.com/minnuit_
Shows: shows@minnuit.com
Imprensa: press@minnuit.com
MINNUIT
Horizontes Verticais
2009
MINNUIT
Catarsis
2008
Compre
MINNUIT
Demo
2006
HOMETOWN
São Paulo, SP - Brasil
URL
myspace.com/minnuit
LAYOUT
Hastes