Jurema

Location:
Selecione a sua região., Br
Type:
Artist / Band / Musician
Genre:
Rock / Lounge / Tropical
Histórico/Jurema:
Jurema Paes é cantora, compositora e historiadora, nasceu em Salvador, Bahia, conviveu em sua infância com contadores de história, poetas, escritores, intelectuais, músicos e artistas como Elomar Figueira Mello, João José Reis, Xangai, Fábio Paes, Lina Aras, Dércio Marques, Ubirantan Castro de Araújo, Bule-bule, Almir Chadiak, Oswaldinho do Acordeom, Gereba e outros mais.
Na casa de seus pais teve como vivência um ambiente alternativo e experimental dentro do contexto da cidade de Salvador, deste modo, teve como referência primeira na infância a contra cultura de 1970, a música dos cantadores, repentistas, dos vaqueiros aboiadores, dos trovadores com influência mourisca ibérica, que tinham o violão como instrumento referencial e dos percussionistas do bairro da Boca do Rio.
Pode-se afirmar que experienciou "outras cidades", dentro do contexto da soterópolis, experiências essas pouco editadas e pouco conhecidas do grande público local e nacional. Em contrapartida as portas e ouvidos da casa de seus pais estavam abertos, se ouvia de tudo um pouco, de Luiz Gonzaga a Raul seixas, passando por Arrigo Barnabé, Caetano Veloso, Villa-Lobos, Dércio Marques, Rock, Jazz, música africana, reggae.
Começou a cantar com oito anos ao lado do compositor e cantor Fábio Paes (seu pai) em shows alternativos, intitulados como: Pensando na Alegria, Corisco da Meia Lua e Canudos e cantos do Sertão. Jurema também emprestou sua voz para estúdios de áudio e publicidade. Fora de casa acompanhou como ouvinte a emersão da música percussiva baiana, carnavalesca da década de 1980, os blocos afros, blocos de índio, ijexás, a mudança do Garcia, representantes do lado alternativo e periférico da cidade e observou também com olhar atento e crítico o processo de emersão da música festiva comercial Baiana e da cena Rock que despontava no bairro do Rio Vermelho em bares como o Alambique e Kalipso. No Rio vermelho acompanhou shows da banda Zé da esquina, Marcio Mello, Rebeca Matta, Dois Sapos e Meio, Mariela Santiago, Doutor Cascadura, Incoma e outros mais.
Com 20 anos fez parte do grupo folclórico Interarte de dança e música com referências mestiças em que aspectos das culturas afro-baianas, indígenas e Européias se amalgamavam em dança e música, um trabalho em que os aspectos percussivos eram fio condutor. Com esse grupo viajou por diversos estados e cidades do Brasil. Em paralelo deu início a carreira autoral de cantora e compositora em teatros e projetos alternativos, que não eram muitos na cidade. Estudou canto na universidade federal da Bahia onde também realizou um mestrado em história social com o tema: Tropas e tropeiros no alto sertão baiano, fazendo uso da obra musical de Elomar Figueira Mello como fonte histórica em paralelo com o depoimento de ex-tropeiros da região do Alto sertão, cidades de Rio de Contas, Vitória da Conquista e Caetité, interior da Bahia.
Em 2000, iniciou uma parceria com o compositor, produtor musical e pianista Marcos Vaz, resultando no primeiro CD homônimo distribuído pela gravadora Trama, CD muito bem recebido pela crítica especializada brasileira. Esse trabalho teve como característica a trajetória plural de Jurema e Marcos, tendo como referência os tropicalistas e toda geração pernambucana do mangue beat, movimento cultural este que afirmou a possibilidade de outros caminhos para a música que se produzia no nordeste e sobretudo outras posturas no sentido do comportamento, na construção do discurso e do pensamento do artista e da arte como transformação estética.
O disco foi uma tentativa em unir universos díspares dentro da cidade: a cena rock e a atmosfera percussiva periférica, traduzidas em texturas sonoras enquanto representativas do cenário de negociações e conflitos existentes. Foi um disco metaforicamente político, fruto do atrito entre o sagrado e o profano, o campo e a cidade, o dito e o não dito, entre a festa, o trabalho e a falta dele, entre o arcaico e o moderno.
Esse trabalho teve canções distribuídas na Europa no CD Divas do Brasil ao lado de cantoras como Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, Cássia Eller e muitas outras.
Em 2001 Jurema veio a São Paulo para lançar o disco e acabou se encantando com a cidade e ficando um tempo. Em 2005 realizou uma turnê pela Europa com um trabalho que foi registrado em áudio e vídeo ao vivo no Teatro Castro Alves, Salvador/ Bahia. Parte desse trabalho pode ser acessado na internet no endereço eletrônico: http://www.myspace.com/juremapaes.Esse trabalho transitou pelo universo de musica popular brasileira voltada pra canção em que faz uso da linguagem eletrônica com o eletro acústico. Foi um trabalho fruto da relação de troca e vivência da artista com a cidade de São Paulo e com suas novas amizades na paulicéia, artistas que conheceu na cidade, principalmente da Nova MPB. Um trabalho de repertório autoral, parcerias com Zeca Baleiro, Tito Baiense, Marcos Vaz, músicas de Chico César, Roberto Mendes, Jota Veloso, Novos baianos, clássicos de Dorival Caymmi, Elomar Figueira Melo e a presença de novos compositores como Cássio Calazans, Alexandre Processo e Manuca. Nesse trabalho Jurema contou mais uma vez com a produção musical, arranjos e piano de Marcos Vaz e com a guitarra de Mou Brasil.
Em São Paulo realizou também doutorado em História das culturas pela PUC SP (Trabalho concluído em abril de 2009) com o tema São Paulo em Noite de Festa: Experiências culturais dos migrantes nordestinos (1940-1990), trabalho que transita entre as áreas de história e música.
Atualmente vive entre as cidade de Salvador e São Paulo aprimorando mais o canto e o processo de compor e colocando pra frente os atuais projetos "Mestiça" e o "Semi-árido e o cinema".
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