O BRAIA, inicialmente fundado como um projeto individual do músico varginhense BRUNO MAIA, é reconhecidamente um dos grupos mais emergentes da cena musical brasileira. O conjunto une elementos de MPB, erudito, rock progressivo, música regional mineira e música celta, o que resulta em uma musicalidade original com fortes raízes autorais. Em 2008, a banda gravou um CD independente com participação de músicos do Brasil, Irlanda e França. O CD recebeu excelentes críticas da imprensa nacional e foi lançado na França, divulgando assim, a produção musical brasileira na Europa.
Em 2008, o BRAIA recebeu o Prêmio Mineiro de Música Independente na categoria "Regional", realizado em Belo Horizonte. A iniciativa, surgida em 2005, visa reconhecer o trabalho de músicos mineiros em diversas categoriais.
A partir de 2009, o BRAIA se consolidou como um conjunto e iniciou composições para um segundo álbum. O grupo pretende entrar em estúdio em 2011 para gravar 12 músicas. Por meio de uma extensiva divulgação, a banda objetiva atingir público de todo Brasil e exterior, apresentando aos apreciadores de uma música notadamente criativa, as potencialidades da arte produzida no Brasil
O BRAIA é considerado uma dos maiores expoentes da união da música brasileira com a música celta. Diferente de outros projetos brasileiros nesse segmento, onde a harmonia é baseada em samplers eletrônicos, a música do BRAIA é executada por músicos técnicos e versáteis com formação erudita, popular, jazzística e rock. Essa característica torna a sonoridade, de certa forma, acessível para vários públicos, pois existe uma identificação muito positiva com apreciadores de estilos diversos dentro da música.
A originalidade é um grande diferencial da musicalidade do BRAIA. E isso coloca a banda em um patamar elevado de qualidade musical. A participação especial de músicos brasileiros e internacionais nas gravações também incorpora novos elementos à sonoridade e evidencia o trabalho do grupo na mídia. No primeiro disco, um dos convidados foi o violinista Marcus Viana, um dos compositores de trilhas sonoras de filmes e novelas mais cultuados no mundo, que tem grande visibilidade devido a seus trabalhos nas trilhas de Xica da Silva, Pantanal, A História de Ana Raio e Zé Trovão, O Clone e Terra Nostra, na série A Casa das Sete Mulheres, e nos filmes As Filhas do Vento e Olga.
A presença de instrumentos não convencionais também diferencia o trabalho do BRAIA. A banda utiliza gaita de fole (instrumento tradicional da Irlanda e Escócia), violinos, flautas irlandesas, bouzouki (instrumento de corda irlandês), bodhran (percussão irlandesa), escaleta e bandolins.
Os membros da banda atuam em outros segmentos artísticos e projetos musicais. O gaiteiro Alex Navar que se apresentou no Programa Jô Soares; o tecladista Edgard Brito é compositor de trilhas para teatro; flautista Bruno Maia é vocalista da banda Tuatha de Danann; a cantora Fernanda Ohara se apresenta pelo Brasil em Recitais de Canto Lírico; o baixista Giovani Gomes, o tecladista Rafael Castro, o violinista Júlio Andrade e o baterista Anderson Alarça, participam de projetos relacionados a MPB, rock, jazz e música erudita.
O BRAIA também exalta a brasilidade e a “mineirança” (característica do povo mineiro) por meio das letras, que abordam temas referentes às belezas naturais e a constante efeversência poética nacional. Os temas também são baseados na literatura mundial apresentando aos ouvintes escritores e obras desconhecidas do grande público. Essa postura do BRAIA contribui para formação de leitores e apreciadores da literatura, dessa forma, o trabalho do grupo ultrapassa a estética musical e ganha contornos literatos importantes para a arte musical brasileira contemporânea.
