realeditorbest profile toolsrealeditorbest profile tools myspace editor.
realeditorbest profile tools.
Música brasileira à preço popular
Grupo carioca A Filial lança álbum “$ 1,99” no Brasil
A matriz d’A Filial é no Brasil, mas foi nos EUA que o grupo carioca lançou, em dezembro de 2008, o álbum “$ 1,99”. Com direito a elogios de Ben Ratliff, renomado crítico do New York Times, o terceiro disco do grupo saiu pelo selo nova-iorquino Verge Records e agora, quase um ano depois, volta para casa e finalmente será lançado no Brasil.
Inspirado nas lojas de R$ 1,99 e nas feiras populares, que oferecem de tudo um pouco por preços democráticos, o disco foi produzido por Edu Lopes em um estúdio improvisado em sua casa, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Com um software pirata e apenas um microfone, o produtor, compositor e vocalista d’ A Filial montou sua barraca e conseguiu expor exemplares de temperos brasileiros, como samba, ciranda, frevo, maracatu, caboclinho, além da música eletrônica e, claro, o rap.
Especialidade do grupo, a mistura desse prato feito tem diferentes ingredientes culturais. Traz um conceito de composições, arranjos e sonoridades diferentes, que consolida uma linguagem própria que A Filial vem desenvolvendo desde 2000.
Em dias que a pirataria assombra artistas e grandes gravadoras que buscam avidamente por novos formatos de arrecadação, A Filial adota um formato novo para o lançamento do "$ 1,99". Em parceria com a revista Cemporcento Skate, a marca de roupas Ezekiel e o site Central Hip Hop, o grupo disponibilizará o seu novo álbum na íntegra na internet durante os primeiros 3 meses do lançamento e só após esse período promocional chegará às prateleiras das lojas.
"A Filial faz música para gente que não tem preguiça de degustar, de desenvolver o paladar dos ouvidos, independente do dialeto". Edu Lopes
A Filial já existia na essência do carioca Edu Lopes antes de virar título de seu projeto musical. Rapaz do skate, queria uma desculpa para viajar com os amigos e encontrou na música essa possibilidade de unir o útil ao agradável. Hoje, dez anos depois de fazer barulho com uma fitinha k7, onde registrou beats criados num joguinho de videogame e rimas cantadas num microfone de plástico, o músico tem três discos no currículo – o EP homônimo de 2001, o LP "Quem Menos Tem É Quem Mais Oferece" (Dubas Música, 2006) e "$ 1,99" (Verge Records, 2008), lançado nos Estados Unidos com ótimas críticas da mídia underground americana ao New York Times. Esse disco está sando lançado agora no Brasil.
Na bagagem, o MC e faz-tudo dA Filial, velho conhecido do hip hop carioca, traz a experiência do saudoso The Funk Fuckers, banda criada em conjunto com BNegão que integrou – assim como Planet Hemp, O Rappa e Black Alien – o núcleo conhecido por um sugestivo apelido, que daria a cara da música produzida nas ruas do Rio de Janeiro nos anos 90: hemp family. Na sequência, outros projetos surgiram despertando um interesse maior pela música brasileira, formando o que seria o projeto-embião dA Filial, que nasceu alguns anos depois.
Tropeçando em oportunidades e correndo atrás de muitas outras, Edu foi encontrando mais braços para ajudá-lo nessa empreitada sonora. Compositores e multi-instrumentistas como: Ben Lamar (trompete e teclado), Castro (DJ e teclado), Flávio 52 (saxofone, flauta e cavaco) e Rodrigo Pacato (percussão) dão tempero às receitas tupiniquins de Edu, incrementadas com sotaques brasileiros do baião, ciranda e maracatu, de estrangeirismos da América Central, do clássico erudito, do eletrônico europeu, rap, soul, jazz e de tudo o mais que transite entre Antônio Carlos Jobim e A Tribe Called Quest, João Gilberto e Wu-Tan Clan.
No fim deste ano, que está só começando para A Filial, já que o disco "$ 1,99" acaba de ser lançado no Brasil, o projeto foi escalado para o festival Indie Hip Hop, que traz nesta edição o rapper nova-iorquino Mos Def.
